Pedro Celestino da Silva Filho – Cadeira nº. 15

Pedro Celestino, como disse anteriormente, nasceu em 27 de outubro de 1915, na cidade de Corumbaíba, neste Estado, filho de Pedro Celestino da Silva e de Durvalina Naves Silva, vindo a falecer em Goiânia, no dia 8 de agosto de 1996.

Fez o curso primário em sua cidade natal e iniciou o curso secundário no Internato São José, dos Irmãos Maristas, na cidade de Mendes, Estado do Rio de Janeiro. Em 1927, transferiu-se para o Seminário de Bonfim, hoje Silvânia, permanecendo ali até 1930. Em 1931, depois de um exame de adaptação, matriculou-se no 3º ano da Escola Normal de Morrinhos, concluindo o curso em 1932, tendo sido orador da turma. Em 1953, fez o Técnico em Contabilidade, na Escola Técnica de Comércio do Ateneu Dom Bosco, em Goiânia, eleito orador da turma. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás, no ano de 1958.

Foi professor no Grupo Escolar Cel. Pedro Nunes e na Escola Normal de Morrinhos, lecionando Português e Francês; Juiz Distrital; escrevente substituto do Cartório do 1º Ofício e Secretário da Prefeitura de Morrinhos.

Em 1949, fundou o jornal O Liberal, em Morrinhos. Colaborador dos jornais da cidade de Araguari, O Albor e O Araguari e do jornal Estado de Goiás, editado em Uberlândia e, em 1967, diretor de O Social, de Goiânia.

Deputado Estadual à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, ocupando a Presidência e, no ano de 1963, elegeu-se Deputado Federal sendo reeleito em 1967 e, logo em seguida, cassado pelo regime militar.

Dedicou-se à advocacia em Brasília e em Goiânia. Aposentou-se como Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, do qual, ocupou a presidência. Foi Presidente da Academia Goiana de Letras como já tinha frisado.

Como se vê na sua atuação política, no seu trabalho literário, tanto como escritor, poeta e jornalista, todos compuseram com sua voz eloquente a sinfonia dos deuses. É o que conta. Trouxeram para o corpo da palavra o que era sono debaixo da pele - brilho de cripta, musicalidade, alma e poesia.

Novalis anotou que "a poesia é a religião original da humanidade". E Willian Blake, por sua vez, acreditava que "o mundo da imaginação é o mundo da eternidade". Ambos têm razão, porque transcendem espaço e tempo.

Assim, dedilhando o teclado de minhas emoções, restou-me passar aos senhores e senhoras presentes e aos acadêmicos que compõe esta Academia de Letras este pequeno resumo para compor o trabalho EM MEMÓRIA do saudoso escritor e poeta Pedro Celestino da Silva Filho, do qual tive a honra de assumir a sua cadeira, a de nº 15, de que é patrono, nesta augusta Academia Morrinhense de Letras, cuja memória, sabemos que estará inserida no que há de melhor na literatura goiana e brasileira.