José do Nascimento – Cadeira nº. 17
Conforme Zilda Diniz Fontes aborda em seu livro “Morrinhos: De Capela a Cidade dos Pomares”, José do Nascimento nasceu em Franca, cidade do Estado de São Paulo. Filho de Joaquim Andrade do Nascimento, ilustre fazendeiro daquele município.
Veio para Morrinhos no início da década de 1920, como rábula (advogado prático), e se tornou muito conhecido no meio jurídico.
Escrevia e falava com facilidade, tendo proferido palestras importantes. Uma delas marcou época: foi sobre o grande ator João Caetano, que teve como local o Teatro de Morrinhos, de propriedade da Sociedade Dramática e Literária.
Foi professor primário durante vários anos e por sua escola passou muita gente importante de Morrinhos.
Exerceu atividades jornalísticas tendo sido relevante sua colaboração no jornal O Liberal, semanário morrinhense fundado e dirigido por Pedro Celestino da Silva Filho. Nesse órgão publicou seu primeiro trabalho, foi escrito em 17/07/1949 intitulado: “A Carta Aberta” no qual ele falava da sua satisfação em fazer parte do jornal, em contribuir para a sua circulação, enfatizando a necessidade da aceitação pública para que “O Liberal” pudesse viver. No mesmo ano, publica uma crônica intitulada “A Igrejinha da Pipoca”, relato da afamada festa de tempos imemoriais para os mais antigos da cidade. A crônica termina em palavras frementes de indignação do ardoroso defensor da Igrejinha, irremediavelmente derrubada por um padre estigmatino.
São também crônicas suas:
· Pardieiro Trágico – crônica que fala de um amor mal correspondido;
· Página Antiga;
· Folhas de Urtiga;
· Em Torno da Mulher e várias outras.
No final da sua vida, dominado inteiramente pelo álcool, viu-se obrigado a recorrer ao amigo e conterrâneo Juquinha Diniz, que lhe cedeu a sede do Centro Espírita Luz e Caridade para ali da aulas.
No dia 15/04/1954, contanto apenas com os amigos que fizera em Morrinhos, faleceu sem conforto da presença de qualquer pessoa da família. Seus restos mortais foram velados na residência de uma família amiga e sepultados no cemitério local.