Bruno José Vieira – Cadeira nº. 03

Nasceu no dia 27/09/1920, em Morrinhos, filho de Vicente José Vieira e Luiza Sérgia Vieira. Cresceu e se criou no meio de instrumentos musicais, ouvindo e vendo o pai tocar. Aprendeu, assim, desde cedo, a entender o significado das notas, a decifrar as partituras, a tocar instrumentos de sopro ou corda. Além de tocar instrumentos, começou a compor músicas e a sua primeira inspiração foi a rancheira “Terezinha”, feita para Terezinha Rodrigues.

Fez os estudos primários no Grupo Escolar Cel. Pedro Nunes e o Curso Complementar e 1º. e 2º. Ano Normal na Escola Normal de Morrinhos, fundada pelo Prof. José Cândido. Nessa escola aprendeu os rudimentos de teoria musical com a Profa. Mariquita Costa, passando a ser autodidata na música, companheira de toda a sua vida. No Colégio das Irmãs Agostinianas termina o curso Normal. Mais tarde, já casado com Mirtes Neves de Castro Vieira, fez o curso de Técnico de Contabilidade na Escola Técnica de Comércio Gaspar Bertoni, dos Padres Estigmatinos. Foi professor de canto no Ginásio Senador e no Colégio Estadual Xavier de Almeida. Também foi professor de Educação Artística. Sendo ouvinte dos programas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, por meio do Maestro Radamés Gnattali, teve várias de suas músicas gravadas, como o fox “Nanci”, o baião “Delicioso”, o dobrado “Glorioso Jubileu”, feito este em homenagem à Rádio Nacional. Também a valsa “Vera”, como também a valsa “Sonho Oriental”, o choro “Enlevo” e o baião “Predileto”, foram cantados por Nuno Rolan.

Seu estilo preferido era o romântico e nele se destaca: “Ingratidão”, “Réplica”, “Sentimento Materno”, “Mirtes” (dedicado a sua esposa), “Perene Amor” e exaltação a Morrinhos, como “Noites Morrinhenses”. Compôs também o Hino a Morrinhos. A música “Morrinhos, Cidade dos Pomares” é muito apreciada por todos que amam esta Terra. A história da música de Morrinhos é a própria história da família Vieira. Faleceu Bruno José Vieira em 1985, mas deixou seu nome imortalizado por meio de várias canções.