Cel. Fernando Barbosa – Cadeira nº. 10

A liturgia de posse de um acadêmico consiste em sublevar seu patrono, sua cadeira. E isso para mim é tarefa fácil. Coronel Fernando Barbosa tem uma lista importante de serviços prestados a esta plaga. Músico de sensibilidade, clarinetista de facetas Bachianas, exímio orador, de muita influência. Conta-se, no folclore da cidade, que Coronel Fernando não costumava bater às portas para adentrar os gabinetes das autoridades. De certa feita, acompanhado por uma comitiva ao Palácio da Liberdade, na capital Belo Horizonte, o Coronel foi entrando gabinete adentro, compadre que era do então Presidente de Minas Gerais, hoje chamado de Governador, o seu compadre Melo Viana. Vejam só a audácia do Coronel!

Fato engraçado, é que o mesmo Coronel tinha uma filha, normalista que depois de formada, quis aqui iniciar um Grupo Escolar, e foi também em Minas que todo o recurso foi conseguido, mobília e verba para se erguer a construção do Grupo Escolar Coronel Pedro Nunes. Com controvérsias ou não, Maria Barbosa Reis, a Dona Maria Diretora, primeira professora desta cidade é um ícone: pouco lembrada, ou nunca lembrada nas fachadas laureadas pela ignorância de nossos prédios públicos, a meu ver, um aplauso à bestilência e rutilância do mal agradecido povo desta terra.