Hermenegildo Lopes de Moraes Filho – Cadeira nº. 04
Conforme a escritora Zilda Diniz Fontes relata em seu livro “Morrinhos: De Capela a Cidade dos Pomares”, Hermenegildo Lopes de Morais Filho, não nasceu em Morrinhos e sim em Santa Rita do Paranaíba, no dia 6 de outubro de 1870. Veio, porém, muito criança para Morrinhos, onde estudou as primeiras letras, depois do que teve de deslocar-se para o Estado de São Paulo. Ali fez o curso preparatório e o de Direito, recebendo grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais no ano de 1891.
Retornou, então, a Morrinhos e começou a exercer a profissão. Pela influência de seu pai na política do Estado, seria de esperar, naturalmente, que o filho ingressasse também nela. Não demorou, pois, e o jovem advogado viu-se eleito Deputado Federal (1894), cargo para o qual se reelegeu em diversas legislaturas, tendo feito parte da Comissão do Código Civil. Continuando sua trajetória política, foi eleito Senador da República em 1909 e ao depois presidente do Estado, mas não chegou a ocupar o Palácio Conde dos Arcos em virtude de mudança brusca nos destinos políticos de Goiás.
Foi graças aos ingentes esforços empreendidos no Parlamento Nacional, desde 1895, que se construiu a ponte Afonso Pena, sobre o rio Paranaíba, cuja inauguração se realizou no dia 15 de novembro de 1909. Senador Hermenegildo conseguiu o prolongamento da linha telefônica de Santa Rita do Paranaíba (Itumbiara) até as cidades de Rio Verde e Jataí; a criação do Posto Experimental de Monta, que funcionou por longos anos em Morrinhos.
Uma das grandes preocupações de Hermenegildo Lopes de Morais era a educação em sua terra e, quando viu que não lhe seria mais possível para isso, em virtude da proximidade da morte, pediu à esposa que empregasse parte dos seus bens na fundação de escolas em Morrinhos.
No dia 6 de dezembro de 1925, sem terminar o seu segundo mandato de Senador da República, faleceu no Rio de Janeiro Dr. Hermenegildo Lopes de Morais Filho. Seu nome batizou as escolas secundárias fundadas pela esposa e a rua que principia na praça Cel. Hermenegildo, seu pai, batizada pelo povo de Praça do Coreto.